Cólica Menstrual?! O que é? O que fazer? Como aliviar?
As cólicas menstruais são o "terror" de boa parte das mulheres!
Pode ter intensidade e duração variada, mas é uma dor "chata" sem sobra de dúvida.
Para entender um pouco melhor e como podemos ajudar, seguem algumas informações.
O que é Cólica Menstrual?
A cólica menstrual tem um nome científico específico, chama-se dismenorréia e, segundo a International Pélvic Pain Society, é um quadro doloroso na região inferior do abdômen ou pelve, com duração superior a 6 meses. Essa dor pode ser expressa como desconforto crônico relacionado ou não ao ciclo menstrual.
Quais os sintomas? Quantas mulheres são afetadas?
Os sintomas podem ocorrer durante a menstruação ou algumas horas antes com sinais e sintomas de:
- Dor pélvica ou abdominal baixa,
- Náuseas,
- Vômitos,
- Diarreia,
- Fadiga,
- Dor lombar,
- Nervosismo,
- Tonturas,
- Cefaléia
A estimativa é que 50% das mulheres, principalmente as mais jovens sofram com essa dor e cerca de 10% dessas mulheres ficam incapacitadas para o trabalho de 1 a 3 dias todo o mês.
Quantos tipos de dismenorréia existem?
Existem basicamente 2 tipos de dismenorréia, sendo um primário ou secundário.
O primário ocorre em mulheres com ausência de lesões orgânicas.
O secundário origina-se de um processo orgânico que determina uma congestão pélvica ou espasmo do útero, são várias causas, a mais conhecida delas é a endomeriose, estenose (diminuição do canal do colo do útero), presença do DIU (dispositivo intrauterino), processos inflamatórios agudos ou crônicos e até mesmo tumores pélvicos podem ser responsáveis pela dismenorréia secundária.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico tem base na história clínica, no exame físico e em exames específicos. Normalmente realizado pelo médico (pela necessidade da solicitação de exames para diferenciar a dismenorréia primária da secundária).
Como aliviar as dores?
Osteopatia
É uma técnica que pode ser uma forte aliada das mulheres para aliviar e até mesmo resolver esse problema! Do ponto de vista da Osteopatia, a cólica é fruto de desequilíbrios (mecânicos, vasculares, neurológico e/ou endócrinos), que, dependendo do caso podem gerar tensões crônicas sobre o útero e ovário e isso pode acarretar uma série de alterações que alteram o funcionamento normal do útero, ovários e dos tecidos que estão ao redor (coluna, sacro, quadris, nervos, vasos e artérias).
Existe uma certa mecânica entre as estruturas que envolvem o útero, pois ele fica entre a bexiga e o reto (parte final do intestino grosso). Devido a cicatrizes (cesárea ou procedimentos estéticos, dentre outros), problemas vasculares, musculares, ligamentares e afins, pode existir uma dificuldade do movimento natural do útero, isso, associado a processos inflamatórios, pode gerar uma restrição parcial da mobilidade e por sua vez pode causar sintomas e dor.
O objetivo das técnicas é melhorar a mobilidade dos tecidos restritos e dar "espaço" para as vísceras, vasos, músculos, nervos e qualquer outra estrutura adjacente se movimentar, melhorar a circulação local, diminuir o víscero-espasmo ("tensão/espasmos" do próprio órgão) para que o corpo volte ao seu estado de equilíbrio normal. (homeostasia).
O objetivo das técnicas é melhorar a mobilidade dos tecidos restritos e dar "espaço" para as vísceras, vasos, músculos, nervos e qualquer outra estrutura adjacente se movimentar, melhorar a circulação local, diminuir o víscero-espasmo ("tensão/espasmos" do próprio órgão) para que o corpo volte ao seu estado de equilíbrio normal. (homeostasia).
Água morna
Uma alternativa bem comum e amplamente conhecida é o uso de "compressas de água morna". Esse recurso embora simples, pode ser bastante útil. O calor auxilia na vasodilatação e promove uma melhora da circulação no local, o que auxilia na diminuição do víscero-espasmo, na diminuição da tensão dos tecidos que estão localizados na pelve e nos seus arredores, o que muitas vezes é o suficiente para aliviar (pelo menos momentaneamente) os sintomas.
Alongamentos, Pilates ou exercícios leves
Os exercícios auxiliam na melhora da mobilidade pélvica, favorecendo a circulação, alongamento, diminuição das tensões sobre a pelve e mobilidade de todo o corpo.
Exercícios de alta intensidade ou alto impacto não são recomendados nesse período pois podem aumentar o "estresse" mecânico e aumentar os sintomas como aumento do sangramento genital por exemplo.
Fiz tudo isso, mas a dor é muito intensa?! O que fazer?
Se as dores forem muito intensas, pode ser endometriose ou outra doença. Quando mais precoce essa patologia é identificada, melhor. É interessante conversar com o seu ginecologista a respeito, fazer exames (como já citado acima), pois se enquadra na dismenorréia secundária (aquela cólica que tem envolvimento com alguma disfunção ou patologia). Se não tratada, pode causar a infertilidade da mulher, além da dor, que muitas vezes é quase insuportável nessas circunstâncias.
O que evitar?
- Alimentos muito salgados. Eles podem aumentar a retenção de líquidos e esse é um fator que pode agravar a intensidade das dores.
- Exercícios de alta intensidade. Atividades que envolvam impactos (artes marciais, por exemplo) ou que possa ser submetido a contato intenso no abdômen podem aumentar a sensibilidade e dor.
- Medicamentos sem prescrição. Só o profissional de saúde pode orientar qual o tipo de medicamento adequado para cada caso, pois você pode estar "mascarando" os sintomas e as consequências podem ser graves.
Fontes:
Acqua, Roberta Dalli; Bendlin, Tânia. Dismenorréia. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2015/v43n6/a5327.pdf
Timana, Wesley. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9E7eAGaimjs
Schwerla, Florian et al. Osteopathic treatment in patients with primary dysmenorrhoea: A randomised controlled trial. International Journal of Ostopathic Medicie, Volume 17, Issue 4, 222-231. Disponível em: https://www.journalofoteopathicmedicie.com/article/S1746-0689(14)000285/fulltext
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