Essa é uma informação muito
difundida, mas não muito bem esclarecida. A técnica que promove um “estalo” é
um tipo de manipulação voltada para as articulações e músculos, sendo que a
mais conhecida é a manipulação da coluna vertebral. São técnicas muito
específicas e atualmente representam aproximadamente 10% das técnicas da Osteopatia.
São efetivas, seguras e promovem um alívio praticamente imediado quando realmente
se fazem necessárias e são bem executadas. Nem todos precisam de manipulação dessa
natureza e há um certo risco de piora (ouço isso frequentemente aqui no
consultório) devido a manipulações realizadas de maneira irregular,
desnecessária, por leigos ou por pessoas não capacitadas (o que infelizmente é
muito comum). O tratamento depende de uma avaliação minuciosa onde são
abordados vários aspectos da saúde do paciente (se fez cirurgias, sofreu
acidentes/traumas, se usa medicamentos e até mesmo aspectos de ordem
emocional), após a avaliação é realizado um planejamento por parte do
fisioterapeuta para verificar qual tecido (músculo, nervo, vasos, articulações,
vísceras, etc.) ou qual sistema (nervoso, digestivo, articular, etc) ele deve
focar para trabalhar sobre as possíveis causas do problema que gerou os
sintomas.
Nota: Exemplo prático, paciente
com hérnia de disco com sintomas de dores irradiadas para a perna (problema no
nervo ciático). O terapeuta detecta os pontos mais críticos e podem ser feitas
abordagens no crânio, no abdômen, alongamentos para nervos específicos, tudo
isso com o objetivo de reduzir os sintomas e melhorar a função da coluna como
um todo e não somente na hérnia e o nervo ciático. Muitas das vezes não é nem
necessário “atacar” necessariamente o ponto da dor mas sim as regiões que não
estão se movendo ou funcionando de maneira esperada.
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